O TRATADO DE ALCÁÇOVAS (1479) E O TRATADO DE TORDESILHAS (1494)

                                 TRATADO DE ALCÁÇOVAS (1479)

A rivalidade entre Portugal e Castela sobre o domínio das terras descobertas cedo se fez sentir. Ainda no século XIV, as duas nações ibéricas reivindicaram a soberania sobre as ilhas Canárias e áreas do litoral africano, gerando alguns conflitos e questões diplomáticas.
A dificuldade de resolver essas questões conduziu à necessidade de intervenção do Papa, principal autoridade reconhecida internacionalmente.
Foi neste contexto que, em 1479, foi assinado o Tratado de Alcáçovas - divide a Terra através de um paralelo traçado a sul das Canárias, que reconheceu a Portugal o poder exclusivo sobre as terras a sul do arquipélago, ficando essas ilhas na posse de Castela.



TRATADO DE TORDESILHAS (1494)

No reinado de D. João II, a concorrência entre Portugal e Castela agravou-se.
Em 1492,Cristóvão Colombo, ao serviço dos reis de Espanha, chegou ao arquipélago das Antilhas no continente americano, viajando para ocidente, pensando ter chegado à Índia.
Com a descoberta da América, D. João II reivindica o território para Portugal, mas os dois reis não se entendem.
Dois anos depois, a 7 de Junho de 1494,é chamado o Papa Alexandre VI, onde se chega a acordo com a assinatura do Tratado de Tordesilhas.
Ficou, então, assente a divisão do Mudo em dois hemisférios, a partir de uma linha imaginária de Pólo a Pólo, que passava a 370 léguas a ocidente da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde.
Todas as terras descobertas e a descobrir para oriente dessa linha ficariam a pertencer a Portugal, ficando as restantes, a ocidente, para Castela (Espanha).
Em cada uma das áreas de navegação, só Portugal e Espanha podiam navegar: o mar estava fechado a outros povos - Mare Classum.